Como
estabelecer limites na Educação Infantil
Educar
não é uma tarefa fácil, talvez seja a mais difícil da vida, pois demanda
atenção por um tempo. Acreditamos que a Educação Infantil é a fase mais
importante do desenvolvimento da criança, onde se criam as bases para uma vida
saudável, e, por isso a importância de saber lidar com essas crianças.
Impor limites deve ter um equilíbrio, respeitando o universo da criança
que é um ser ativo e pensante, sempre envolvido por regras e condutas que sejam
adequadas a cada família, considerando os parâmetros sociais vividos por elas.
É importante relembrar que as regras devem ser justas e também ser explicadas,
e também, não estabelecer proibições em
demasia.
É função dos pais dar estímulos aos filhos de conviverem bem com os outros,
mostrando que ser homem não é sinônimo de ser grosseiro. Ser espontâneo não
significa falta de educação. É importante passar às crianças que ser gentil e
ter respeito, é essencial para se ter um bom convívio. Esses comportamentos
errados não podem ser aceitos.
Ao se falar em pais, se inclui o pai e mãe, pois a educação é
responsabilidade do casal, e não apenas da mãe, que na maioria das vezes, passa
mais tempo com os filhos e torna-se responsável única por este papel. As
crianças são fruto da união de duas pessoas que juntas, mesmo quando separadas
conjugalmente, devem encontrar uma forma coesa de educação. Nunca um deve
contradizer o outro, pois se o pai disse não a mãe não pode se intrometer. Se
um não concordar com o outro, em outro momento, em que os filhos não estejam
presentes, devem conversar.
As crianças procuram novos desafios, isso porque o que realmente buscam
é alguém que possa fazê-las parar, alguém que diga que ela não pode tudo, e que
determine o que lhe é permitido. Quando os pais não se sentem seguros o
suficiente para exercer este papel, elas passam a desafiar a todos (tios, avós,
professores...) o tempo todo, na desesperada tentativa de encontrar alguém que
ocupe esse lugar de autoridade.
Uma criança frente a qualquer frustração, sempre vai reagir de maneira
raivosa e chorosa ou até agressiva. Cabe a quem cuida saber suportar essa
reação que está dentro da normalidade, embora seja desagradável. Não valorizando
suas crises de birra, mantendo-se firme no “não” que lhe é dado.
Quando há algum material que ela quer explorar e não pode, mostrar
claramente que não se quer que ela mexa porque “isto é meu e eu não gosto que
mexam”, oferecendo então uma atividade substituta pela qual se interesse. Estabelecer
regras básicas e mínimas com a criança sobre os materiais que ela pode e não
pode mexer, sobre o que pode e não pode fazer, mantendo-se firme dentro dessas
regras.
Oferecer espaços amplos para brincar, permitindo fazer atividades
ruidosas, correr conforme gosta, subir, chutar, jogar bola, enfim,
possibilitando atividades físicas, o que dá à criança possibilidades de
movimentar-se e a sensação de liberdade, que precisa nesta faixa etária.
Dar a possibilidade de brincar com materiais reversíveis como água, terra,
areia, comer com as mãos (bolos, biscoitos,...), e, principalmente, tolerando
que ela se suje.
Iniciar o brinquedo do “faz de conta”. Fazer em casa e na escola com a
criança atividades curtas, como joguinhos simples de armar, estimulando-a a
terminar a atividade. Isto a ajuda a obter um senso de disciplina e lhe dá a
sensação de que é capaz de realizar uma tarefa completa.
Valorizar qualquer atividade que ela consiga fazer sozinha. Não tolher as
iniciativas da criança, deixando-a fazer aquilo que pode (começar a vestir-se
sozinha, etc.).
Procurar manter os brinquedos numa prateleira ou local ao alcance da criança,
deixando-a retirar os brinquedos, espalhá-los no chão de acordo com a sua
vontade, e no final do brinquedo, incentivá-la a guardá-los no lugar adequado.
Não valorizar suas brigas e agressões, mas interferir, dizendo, por
exemplo: “Não gosto que batas, porque dói e eu não gosto de sentir dor”; dando
as explicações de acordo com os sentimentos da pessoa que está interagindo com
ela. Levá-la a compreender o significado de expressões fisionômicas que
expressam alegria, tristeza, raiva e dor.
Se o adulto sentir raiva por algo que a criança fez, o manejo adequado é
dizer-lhe seus sentimentos, explicitar que se irritou. Com isso, a criança aprende que os adultos também são
humanos, e, que algumas vezes, se exaltam, e que seu relacionamento com eles
pode sobreviver às brigas.
A criança capta os sentimentos dos adultos e passa a agir de acordo com
as expectativas que são depositadas nela, portanto, não comente com outros na
sua frente suas birras, teimosias,...
Responder às perguntas da criança sobre qualquer assunto de maneira
simples, honesta, e de acordo com o seu nível de compreensão. Não mentir e
também não dar explicações muito grandes e muito científicas, pois ela é ainda
incapaz de compreendê-las.
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